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eis o melhor e o pior de mim

29.1.05

folia

Sei que me apaixono todo dia
Por um novo detalhe
Por uma nova mania
Por uma brisa suave
Pelo que sempre ressurge
Por uma dor grave
Por coisas sem valor
Por derrotas e vitórias
Pelo apaixonado amor
Pelo mistério do olhar
Pela vida por si só
Por uma presença que me atormenta
Eu me cego
Eu me nego
Sem razão
Eu só sumo
Eu não assumo
Que me apaixono
Todo dia
Por tudo quanto for
Folia

25.1.05

get off the internet

*trilha sonora: le tigre - get off the internet

Você é livre para fazer o que quiser mas terá que seguir as minhas normas. Território inimigo. A mente humana é nunca será compreendida. No fim, a felicidade é relativa. Ontem eu estava lendo sobre a teoria da relatividade. Einstein é inteligente. Porque Einstein é tipo Elvis. Nenhum deles morreu ainda.
It feels so 80's
Or early 90's
To be political
Where are my friends?

Felicidade relativa. Alto preço se paga quando se tem um alguém muito infeliz por perto. Não posso fazer nada, não nasci sabedora do mundo nem da mente humana. Esse texto era pra ser revoltado. Revoltado, essas horas, toma um tom infantil. Torna-se então um texto romântico, metalinguístico e imperfeito como eu.
(Get off the internet!)
I'll meet u in the street
(Get off the internet!)
Destroy the right wing
(Get off the internet!)
I'll meet u in the street
(Get off the internet!)
Destroy the right wing

É ótimo dormir pouco. Perdi um pouco a noção de tempo e espaço. Antes de Einstein dizia-se que tempo e espaço eram absolutos. Hoje dizemos que tempo e espaço são relativos. Incrível como estou me lembrando dessas coisas que li com tamanha desatenção ontem. Minha mente deve ser uma bagunça, desorganizei os papéis todos e agora só me lembro do desnecessário.
This is repetitive
But nothing has changed
And I'm crazy
Where are my friends

Enquanto eu dormia, não tinha pensamentos, não tinha nada. Não tinha nem a mim mesma. Me perdi nos meus papéis. Perdi personalidade, identidade, essas coisas que se perdem quando se perde o orgulho. Na menor das tentativas de viver em paz, de simplesmente ser feliz, pessoas jogam na sua cara que você está atrapalhando. Acho que realmente queria atrapalhar. Acho que realmente queria acabar com isso aqui que sou eu.
(Get off the internet!)
I'll meet u in the street
(Get off the internet!)
Destroy the right wing
(Get off the internet!)
I'll meet u in the street
(Get off the internet!)
Destroy the right wing

23.1.05

sometimes

Poesia depressiva. Escrevi ela há uns dois anos já, mas a reencontrei enquanto procurava coisas "velhas" para postar. Enfim, aí está.

Sometimes, sometimes
I keep myself alive
I don´t know why
I just wanna die
When I wake up
I don´t know why
I open my eyes
And keep myself alive
I always wonder
I always try
If I just wanna die
Don´t know why
I keep myself alive
The days are passing me by
Sometimes, sometimes
I wonder and cry
´Cause my life is passing me by
I don´t care, I don´t mind
I don´t know why
I keep myself aliveIf I justa wanna die

22.1.05

incógnita

Escrevi esse texto na madrugada do dia 17 de janeiro. Não postei antes porque queria arrumar o template e a acentuação e os demais problemas desse blog. Mas aí está a belezinha. =)

Estou meio perdido. Nesse emaranhado de desconhecidos eu me desconheço. O tempo de um mês atrás já faz muito tempo. Milhões de coisas acontecem em um segundo. Imagine só dentro de mim.

É preciso acreditar, por mais difícil que pareça ser. Eu pareço triste? Talvez eu realmente seja, esqueça de aproveitar, deixe de ser eu mesmo. As pessoas dialogam quando não estou por perto porque devo ser pouco reconfortante.

Talvez o assunto da vez. Uma caixinha de surpresas. Um relicário. Imagens são o tipo de ilusão que gosto de guardar. Comecei a escrever e o sono sumiu. Fiz o tempo congelar. Durmo e descubro que está nas minhas entrelinhas.

Escuto vozes, talvez me chamem. Gotas de chuva na calha. Ritmadas. Tenho que tomar cuidado com o cuidado que tenho pelas coisas. Cuidado demais pode ser sinal de descuido.

No fim não sei o que quero. Afinal, sou uma incógnita. Vou caminhando apenas. Não de forma sutil, mas de forma apenas. O que pensam são detalhes para um amanhã que nunca chegará. Prefiro parecer triste por não disfarçar do que parecer feliz por aparência.

template novo de novo

Como infelizmente o outro template e eu tivemos alguns problemas (brigas sanguinárias, eu diria) achei um outro template pra deixar por aqui por enquanto. Logo várias postagens novas, porque eu realmente tenho novos textos pra postar aqui. =)

16.1.05

novo template

Novo template, ficou lindo eu sei.
Mas a acentuação ficou desconfigurada. Sem paciência pra arrumar isso agora.

13.1.05

Quantos de nós conheciam essa notícia?

Um texto que coloquei no mural da Wizard. Procurem as notícias crianças, no site da Folha e também no BBC Brasil. =)
Procurando justamente alguma notícia para colocar nesse mural, me deparo com o seguinte título: “Cachorros comem corpos abandonados em Falluja, diz jornal”. Curiosa, fui ler a matéria. Falluja é uma cidade a oeste de Bagdá, no Iraque, que há dois meses atrás foi “brindada” com uma forte investida dos sempre prestativos Estados Unidos.

Uma cidade em pleno funcionamento foi devastada, e hoje os cães se alimentam dos corpos de todos que foram vitimados. A causa de tal investida foi que a cidade já não estava mais sob o controle interino do Iraque e que rebeldes estariam fazendo “uma bela bagunça” por lá.

E quantos de nós sabíamos dessa notícia? Essas coisas sem motivo de dizimam pessoas inocentes e ainda, depois de mortas, servem de alimentos aos cães. Ninguém merece tamanha humilhação.

Assuntos assim são tratados de maneira muito superficial pela mídia. Jornais precisam manter a imparcialidade, mas isso atinge fulminantemente nossa capacidade crítica. Recebemos a notícia, sabemos que aconteceu uma chacina, uma explosão, enfim, qualquer desgraça desse nível. E apenas sabemos. Não buscamos realmente uma causa.

Quando acontece algum desastre natural – como o tsunami que pudemos acompanhar nas últimas duas semanas – temos um culpado “concreto”: a natureza. Todos lamentam e ajudam e sempre sabemos das últimas notícias através da mídia. Tsunami é o assunto do momento. Claro que devemos nos preocupar, porque milhares de pessoas morreram, no entanto nossa atenção está voltada para isso a todo instante. Não somos informados de mais nada além de novas filmagens da onda chegando na praia ou ainda de que o número de mortos aumenta e mais um sobrevivente que ficou flutuando não sei quantos dias foi encontrado. Somos totalmente manipuláveis e alheios ao que acontece no resto do mundo!

Volto a perguntar: quantos de nós sabiam que cães comem os cadáveres de inocentes na cidade de Fulluja? Ou ainda, de que os EUA, aqueles que estão salvando o mundo, pedem desculpas porque erraram o alvo e mataram mais de 10 inocentes? E ainda um dos soldados tem a ousadia de dizer que lamenta ter bombardeado uma casa e ter matado TALVEZ inocentes. TALVEZ! Então quer dizer que se não são inocentes, eles mereciam ter morrido dessa forma? Com uma bomba na cabeça?

Enfim, meu texto se prolongou demais. Agora coloco as notícias que citei nele, caso você tenha interesse em saber um pouco mais.

12.1.05

músicas que dialogam

De certa forma eu amo a conversa que existe entre as coisas. Encontrar a continuidade das coisas - ou ao menos um sinal de continuidade - é interessante. E também não quero manter aquele post anterior como o primeiro da página. Enfim, tive a idéia de postar essas duas letras de música que muito me chamam a atenção, porque elas conversam entre si. =) Aliás, essas músicas dialogam perfeitamente. Na voz de Leoni, a versão do homem e a versão feminina fica por conta do Kid Abelha. É perfeito!

{Leoni - Garotos}
Seus olhos e seus olhares
Milhares de tentações
Meninas são tão mulheres
Seus truques e confusões
Se espalham pelos pêlos
Boca e cabelo
Peitos e poses e apelos
Me agarram pelas pernas
Certas mulheres como você
Me levam sempre onde querem
Garotos não resistem
Aos seus mistérios
Garotos nunca dizem não
Garotos como eu
Sempre tão espertos
Perto de uma mulher
São só garotos
Seus dentes e seus sorrisos
Mastigam meu corpo e juízo
Devoram os meus sentidos
Eu já não me importo comigo
Então são mãos e braços
Beijos e abraços
Pele, barriga e seus laços
São armadilhas e eu não sei oque faço
Aqui de palhaço
Seguindo seus passos
Garotos não resistem
Aos seus mistérios
Garotos nunca dizem não
Garotos como eu
Sempre tão espertos
Perto de uma mulher
São só garotos

{Kid Abelha - Garotos}
Garotos gostam de iludir
Sorriso, planos, promessas demais
Eles escondem o que mais querem
Que eu seja outra entre outras iguais
São sempre os mesmos sonhos
De quantidade e tamanho
Garotos fazem tudo igual
E quase nunca chegam ao fim
Talvez você seja melhor que os outros
Talvez, quem sabe, goste de mim
São sempre os mesmos sonhos
De quantidade e tamanho
Garotos perdem tempo pensando
Em brinquedos e proteção
Romance de estação
Desejo sem paixão
Qualquer truque contra a emoção
Garotos perdem tempo pensando
Em brinquedos e proteção
Romance de estação
Desejo sem paixão
Qualquer truque contra a emoção
Garotos fazem tudo igual
E quase nunca chegam ao fim
Talvez você seja melhor que os outros
Talvez, quem sabe, goste de mim
São sempre os mesmos sonhos
De quantidade e tamanho
Garotos perdem tempo pensando
Em brinquedos e proteção
Romance de estação
Desejo sem paixão
Qualquer truque contra a emoção
Garotos perdem tempo pensando
Em brinquedos e proteção
Romance de estação
Desejo sem paixão

10.1.05

the saga

A partir de hoje eu vou tentar ser menos prestativa. Infelizmente não tenho vida - não mesmo - e acabo me preocupando com a vida dos outros. Já me deram até um adjetivo: intrusiva demais. Enfim, vamos todos viver nossas vidas mesquinhas e egoístas, porque é isso que vale. Essa história de coração mole, de começar a chorar quando ver alguém chorando é tudo besteira. Isso não vale nada mais hoje em dia. O que vale é você pensar em você... Em você... E em você, é claro. E viva ao egocentrismo.
{The Libertines - The Saga}

A problem, here comes a problem
When you let down your friends
When you let down the people
When you let down yourself
Oh, and only fools, vultures and undertakers
Will have any time for you

Oh A problem, here comes a problem
When you lie to your friends
And you lie to your people
And you lie to yourself
And the truth's too harsh to comprehend
You just pretend there isn't a problem

9.1.05

cúpula de concreto

Sobre as prisões nas quais vivemos, todo o tipo de prisão que temos na vida. Ah! E é um texto enorme.
Infelizmente quando olho pela janela, não vejo mais o céu. Nem o azul, nem o cinza, nem qualquer outra variante. Só os muros que cercam minha casa. Essa casa vai se tornando uma prisão com o passar dos anos. Por isso às vezes é bom andar sozinho. Sempre sozinho. Querendo ou não, posso ver o resto do mundo estando sozinho.

E eu saí, mas isso foi ontem. Hoje estou a escrever, porque a única coisa que a cúpula de concreto me permite é escrever o que foi ontem. Também temer o que será amanhã. Saí, e na esquina, tinha um ônibus quebrado. Todos os passageiros subiram no ônibus no qual eu estava e muitos deles só souberam reclamar. As pessoas só sabem reclamar. Reclamam que é culpa do governo. É moda dizer que tudo é culpa do governo. É moda reclamar. E eu que o diga.

E andando sozinhos continuamos. Já percebeu como todos nós vivemos a nos procurar? Estamos sempre sozinhos, sempre buscando estar com alguém. Encontrar alguém em especial, que possa nos acompanhar sempre, que nos faça feliz. E no fim, ficamos sozinhos mesmo, porque esperar que alguém chegue pra andar conosco nem sempre é a melhor escolha.

Existem algumas vantagens por ter sido criado em uma cúpula de concreto. Quando saio de casa, mantenho um olhar de turista e, por mais que eu faça o mesmo trajeto inúmeras vezes, encontro algo novo. Passo por uma mesma rua por 8 anos da minha vida. Ontem encontrei uma casa que nunca tinha visto antes. O fato de começar a andar de ônibus só agora também é uma vantagem. Do ônibus temos um olhar superior sobre as coisas. Sobre o mundo. Sobre nós mesmos.

E eu pensei que sou como o clima de Curitiba. Indefinível. Imprevisível. Nem eu mesmo posso me prever. Ontem eu carregava uma sombrinha. Fazia sol e calor. Eu tinha medo da chuva que poderia cair. E caiu. Mas não usei a sombrinha. Não precisei. Antes eu era mais duradouro, agora sou mais efêmero. Antes eu podia escrever romances longos. Acho que hoje não posso mais. As frases são curtas e os diálogos confusos e quando a idéia morre, não há como ressuscita-la. Esse texto que escrevo agora, por exemplo, já está longo para o meu normal. No entanto, ainda não cheguei ao fim. Porque o meu fim agora é efêmero, assim como meus sentimentos.

Nem mesmo amar eu sei amar igual. Nenhum tipo de amor dura mais como antes. Porque meus sentimentos tornaram-se efêmeros e inconstantes. Parece que não vivo mais uma verdade, só um punhado de mentiras que tornam-se verdades por instantes. E logo voltam a ser mentiras. Só espero. Já que no fim caminhos sempre sozinhos.

Acredito que não há quem possa me salvar. Não sou sozinho nem triste, apenas confuso. Penso nas diversas pessoas que vi no dia e que cada uma delas sofre esse mesmo mal que eu sofro. Porque todos se procuram desesperadamente. Ninguém se agrada em estar solitário no mundo. Sempre temos alguém com quem contar. Pra quem contar. Com quem se encontrar.

E volto pra casa. Sentado no ônibus, o sono veio me embalar. Mas eu não fechei meus olhos, fiquei olhando pela janela. Foi quando vi uma pessoa. Ela andava sozinha. Do outro lado da calçada, outra pessoa caminhava sozinha na mesma direção. Logo atrás dessa segunda pessoa, outra pessoa sozinha caminhava na mesma direção. Uma pessoa. Outra pessoa. Terceira pessoa. Sozinhas todos. Formavam assim um triângulo.

Um pouco mais atrás, vinha uma família. Os três juntos. O ritmo dos seus passos era diferente. Entre a pressa e a preguiça, andavam. Um homem. Uma mulher. Uma criança. Uma família. Queria ter uma família para andar comigo e sair dessa cúpula de concreto na qual me encontro. Imagino que deve estar fazendo sol, apesar de ainda não mais conseguir olhar para o céu. Faz calor.

7.1.05

escrito em 17-10-04

Sim, um texto escrito antes desse blog existir, que foi guardado sei lá onde e agora está aqui.


Pensar que você se esconde por detrás dessa máscara de responsabilidade e bom senso. Confio em você, conto com você, obrigado pela ajuda, será que isso tudo é de verdade? Só detalhes? Será que é assim que tem que ser?

Vivemos ou convivemos? Não sei mais se nos suportamos ou nos amamos. É algo que uma máscara não consegue esconder. Somos todos meio teatrais, não sabemos o quanto do todo é mentira e o quanto de nada é verdade. Os prazeres são feitos de plástico. Os seres humanos são feitos de plástico, mas acho que só as flores de plástico não morrem. Porque nós todos morremos.

Isso é pra ser poesia, acho que não sei mais escrever. Pensamentos correm rápido demais dentro da minha cabeça, não consigo mais acompanhar. Músicas e versões ao vivo. Será que elas são de verdade? Até que ponto as coisas são enfeitadas para que as admiremos? As pessoas gostam de sair de noite porque os rostos não são vistos de verdade. Somos todos vistos só pela metade.

Hoje é um dia, e que importância tem isso? Somos feitos de máscaras, e todas elas caem um dia. Gostamos de ouvir nossa própria voz, de nos olharmos no espelho, de sermos alguém que não somos de verdade. Gostamos de atuar. Será que a música está alta demais ou eu ainda não consegui conciliar o lugar que devo ficar?

Somos todos atores, participamos de um jogo sujo que nos é demonstrado quando nascemos. Aliás, já nascemos dentro do jogo, não há escapatória. Acho que essa é a música propícia pra falar sobre isso. Ela está na altura certa, e na verdade esse texto tornar-se-á desinteressante ao ser lido sem uma música de fundo. Uma boa música.

Mas somos todos atores. Pouco de nós é autor de nossa realidade. A velocidade vai aumentando e meus pensamentos se misturam. Assim a música se repetirá até o fim. É só pedir para que o computador o faça. Ele o faz.

Frases demais, idéias demais. Acho que assim que tem que ser. Quando pensamos em uma coisa, fazemos uma que pensamos anteriormente, e imaginamos como poderia ter sido feito de outra forma. Somos críticos demais, idealistas demais. A convivência nos fez assim. Essa é parte do jogo, até descobrirmos que podemos ser autores em potencial de nossas próprias vidas.

Tem um ponto que eu vou escrevendo e vou dispersando. Sei lá, o pensamento volta a um estado mais calmo. É incrível como existe um ápice de tudo nessa vida. O momento crucial que nos domina por completo. Nem percebemos direito o que fazemos. Acho que só percebemos quando começamos a racionalizar demais as palavras. Daí elas soam bem falso, como se tudo fosse montado. Quando tudo acontece como tem que acontecer, sem a nossa interferência, ganha um colorido especial.

Quando a música toca por acidente numa lista de músicas variadas, isso é uma coincidência. Agora, quando pedimos pro computador repetir ela milhares de vezes, isso é racionalizar. É como esse texto, racional demais que está ficando e deve parar por aqui.

Ou por aqui, talvez mais um parágrafo só pra lembrar que somos todos atores nessa vida, ninguém é de verdade, é tudo meio que montado e planejado pra ser como é. Racionalizamos demais as coisas, desse jeito tudo fica sem graça e o inusitado nunca é percebido. É tudo parte de um jogo, simplesmente.

5.1.05

2 + 2 = 5

Alguns dizem que meu defeito é querer algo, por mais simples que seja, idealizar e daí não medir esforços para que aconteça. Eu diria que o defeito das pessoas é que se negam a ver que o que querem pode acontecer, por mais simples e banal que possa parecer. Valor sentimental é o que vale. Egoísta e romântico demais? E daí, pouco meu importo para o que os outros pensam.
{Radiohead - 2 + 2 = 5}
Are you such a dreamer
To put the world to rights?
I stay home forever
Where two and two always makes up five
I lay down the tracks
Sandbag and hide
January has april's showers
And two and two always makes up five
Its the devil's way now
There is no way out
You can scream it, you can shout
It is too late now
Because
You have not been paying attention
paying attention
paying attention
paying attention
You have not been paying attention
paying attention
paying attention
paying attention
You have not been paying attention
paying attention
paying attentionpaying attention
I try to sing along
But the music's all wrong
'Cause I’m not
'Cause I’m not
I swat 'em like flies but like flies the buggers keep coming back and NOT
But I’m not
All hail to the thief
All hail to the thief
But I'm not
But I'm not
But I'm not
But I'm not
Don't question my authority or put me in the dock
'Cause I'm not
'Cause I'm not
Oh go and tell the king that the sky is falling in
When it's not
But it's not
But it's not
Maybe not
Maybe not

4.1.05

childhood

Ela se serviu como quem serve uma visita. Café em xícara de cafezinho, pires de porcelana e colher de prata. A xícara não era de porcelana, mas era bonitinha. As flores azuis desenhadas causavam-lhe encanto enquanto tomava café.

Sozinha em casa. 3h40 da madrugada. Esperava terminar o trabalho ainda naquela noite. Já estava tanto tempo naquilo que tinha perdido a noção de tempo. Ela tocava a tela e podia sentir a textura das tintas que secaram. Era um prazer mínimo e uma forma de descrever como podia sentir as cores.

Se vista bem de longe, parecia um paisagem um pouco distorcida. No entanto, a medida que o campo de visão ia diminuindo, notava-se a riqueza dos pequenos detalhes. Sorrisos, corações, estrelas – e outras formas básicas que nos obrigam desenham quando crianças - estavam ali.

As cores faziam movimento e vento. Alguns números discretamente podiam ser vislumbrados na obra. Ela tinha certa obsessão por números. Mas não, não era algo inconsciente. Ela via coisas e buscava números. Combinações de números faziam-na lembrar de datas. As datas traziam lembranças. Doces e amargas lembranças, elas sempre voltavam. Por alguns instantes o insconsciente era mais bonito.


O café estava quase acabando e Yann Tiersen tocando. Childhood. Infância. Lembranças. Datas. Números. E ocorreu um desprendimento. O café acabou. E continuou o trabalho.

2.1.05

não existe e versões

A situação é engraçada. Veja só uma poesia minha que postei no meu fotolog e em uma comunidade do orkut. Depois disso, dois amigos fizeram versões da minha poesia. Eu diria que o Antônio fez uma resposta e o Ricardo fez uma versão. E eis aqui o resultado.

Não Existe *minha poesia*
Estarei aqui
Dias
Meses
Anos
Séculos
O tempo não existe
Não importa o que se diga
Não diga que é tarde
O tempo não existe
Lua, céu, estrelas, céu, noite
Só restou-me escuridão
Imensa imensidão
Não importa quanto tempo se passe
Não diga que é tarde
O tempo não existe

Sem Título *resposta por Antônio*
Tempo passa
Vida passa
Tempo vai e volta
Vida vai, mas não volta
Tempo se perde
Vida perdida não se recupera
Tempo voa
Vida que voa, voa pro infinito
Tempo é relativo
Vida só é relativa se há dois
Tempo que gastamos, gastamos pra bem
Vida que gastamos, é tempo que não gastamos pra bem.
Então pra que perder
Vida, se se pode perder apenas
Tempo tentando tornar a
Vida mais agradável?

Nunca Existiu *versão por Ricardo*
Aqui estou a te esperar.
O tempo parece não existir.
Escuto vozes dentro de mim,
não importa o que eu diga,
surdo estou.

Talvez seja tão tarde
O tempo já não existe.
Onde está a escuridão ?
Este manto profundo que cobre as amarguras e esquenta o coração.
já não defino o tempo.
Só restou-me esperar.

Imensa é a profundeza da tristeza
que penetra com fervor no meu coração.
Não importa quanto tempo se passe
Já não digo que é tarde
Por assim lembrar
Que só existe lá dentro onde o amor é intenso
a minha interna e eterna confusão.

1.1.05

bagunça criativa - objetivos para 2005

No fim isso está parecendo um projeto de pesquisa... Objetivos gerais e objetivos específicos, mas foi do jeito que saiu.

Objetivos gerais
Ser feliz
Aprender a dirigir direito
Ganhar dinheiro
Ter um amor
Sonhar
Manter os amigos antigos
Fazer novos amigos
Lembrar de acordar de bom humor
Mais organização e disciplina
Mais diversão

Objetivos específicos
Terminar de escrever Ócio Eletrônico
Aprender a dirigir melhor (sim, mais uma vez)
Fazer o Les Soldats ser um site bem grande
Estudar música
Tirar fotos cada vez melhores
Escrever textos cada vez melhores
Ganhar o prêmio sague novo de jornalismo com a minha turma
Fazer do comunicare um jornal mais bonito
Fazer a impressão do meu pequeno manual com as ilustrações da Amandinha
Começar a encaminhar a publicação do livro de poesias
Ter idéias de novos projetos e realiza-los

Conseguir uma habilitação permanente (hahahahaha)