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22.1.05

incógnita

Escrevi esse texto na madrugada do dia 17 de janeiro. Não postei antes porque queria arrumar o template e a acentuação e os demais problemas desse blog. Mas aí está a belezinha. =)

Estou meio perdido. Nesse emaranhado de desconhecidos eu me desconheço. O tempo de um mês atrás já faz muito tempo. Milhões de coisas acontecem em um segundo. Imagine só dentro de mim.

É preciso acreditar, por mais difícil que pareça ser. Eu pareço triste? Talvez eu realmente seja, esqueça de aproveitar, deixe de ser eu mesmo. As pessoas dialogam quando não estou por perto porque devo ser pouco reconfortante.

Talvez o assunto da vez. Uma caixinha de surpresas. Um relicário. Imagens são o tipo de ilusão que gosto de guardar. Comecei a escrever e o sono sumiu. Fiz o tempo congelar. Durmo e descubro que está nas minhas entrelinhas.

Escuto vozes, talvez me chamem. Gotas de chuva na calha. Ritmadas. Tenho que tomar cuidado com o cuidado que tenho pelas coisas. Cuidado demais pode ser sinal de descuido.

No fim não sei o que quero. Afinal, sou uma incógnita. Vou caminhando apenas. Não de forma sutil, mas de forma apenas. O que pensam são detalhes para um amanhã que nunca chegará. Prefiro parecer triste por não disfarçar do que parecer feliz por aparência.