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eis o melhor e o pior de mim

26.1.06

família

*Escrevi esse texto no dia 24 de janeiro, pela manhã*

Sou muito cética com essa coisa de morte. Deve ser porque nunca ninguém que eu gostasse morreu. Tenho mais medo que as pessoas viagem para longe do que elas morram.

Tem gente muito burra. Não respeita nem a si mesmo e depois vem dizer para respeitarmos os mortos. Chorar, ficar triste é uma coisa. Mas sério, acha mesmo que as pessoas que morreram gostariam de nos ver assim?

Mas na verdade essa coisa de missa e enterro não é o assunto mais foda hoje. A grande coisa do dia foi ver meu pai chorar. Chorar como alguém que precisa de ajuda. Acho que nunca tinha visto isso acontecer. Ele estava chorando enquanto eu o abraçava. Me fez pensar que ainda tenho o poder de fazer algo por ele.

Quem me conhece sabe que eu tentei de tudo. Brigar, falar com carinho, etc e etc. Nunca nada tinha funcinado. E tem horas que eu estou pouco me fodendo pro que está acontecendo na minha casa e ignoro tanto meu pai quanto minha mãe, por mais que ambos digam o mesmo: que ainda estão lá por minha causa.

Isso me faz lembrar os pensamentos de quando eu era pequena. Meus pais só se casaram por minha causa. Eu acho que essa não foi a melhor coisa a se fazer, vide a situação atual. É uma merda saber que você foi causa de algo que está na cara que não vai acabar bem.

Atualmente sou a menos louca da minha casa. E olha que isso não é muito mérito não. As brigas acontecem de maneira infantil. Eu fico mais velha e meus pais mais novos. Daí eu tenho que aparecer antes que a merda fique maior.
- Porra, parem com a merda dessa briga!
- Mas foi ela quem começou.
Vejam só, fala de criança de primário. E os efeitos sonoros são lindos. Além dos gritos dos três, coisas variadas se quebram.

E foi depois dessa cena bonita que eu e minha mãe viemos ao enterro. Não conheci minha bisavó, nem tenho motivo pra chorar. Vieram me abraçar chorando e oh céus. Depois sentei aqui no carro pra escrever, porque só sinto vontade de fazer isso no momento. Senti vontade de fotografar o enterro, mas acha que não seria bem vinda. Por isso sou a favor da cremação. Ocupa menos espaço, é mais higiênico e ainda poupa esses cerimoniais todos. Sem falar que tem muita gente que nem conheceia a pessoa e vai lá chorar a morte e se lamentar. Sou sincera em dizer que prefiro ficar no carro escrevendo e ouvindo Ramstein do que ir chorar a morte de mais uma desconhecida que fazia parte da minha família. E estou pouco me preocupando com o que os outros pensam.