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eis o melhor e o pior de mim

20.7.06

canto

Tem vezes que fica algo preso entre o coração e o pensamento. Não é bem triste nem alegre. É apenas algo que incomoda e faz bem, que me leva a sentir vontade de escrever algo que nem eu sei bem. Talvez seja inspiração. É, gostei de nomear isso como inspiração.

Ultimamente um sentimento diferente tem me acompanhado. Porque a alegria por si só é vazia. Alegria demais pode ser sinal de fuga, de fingimento. É fácil dar risada de tudo mesmo estando triste. Mas meu sentimento é mais sublime, está mais acima dessas coisas que podemos julgar. Ele apenas vive comigo e me faz bem.

Gosto de dizer que me sinto bem. Não é um rio de felicidade nem uma paixão que move montanhas. Apenas me sinto bem a cada instante que passa; nada mais, nada além. Alguns chamam isso de amor. Porém, não é só isso.

Amar não ter alguém do lado. Nem é jurar amar alguém por toda vida. O amor é sentir esse bem maior e inexplicável a sua volta. É vontade de cantar e sorrir sem motivo aparente, apenas por sentir-se bem. Não é sentir-se bem só quando se está ao lado de quem se ama. Amar é sentir-se bem sozinho.

Esse texto não é uma lição e nem serve pra auto-ajuda. Essas palavras são só sentimento. Esse sentimento que fica preso e precisa ser expresso em algum canto. Canto de prosa ou poesia, não sei mais. Fecho os olhos e presto atenção na música que acabou de começar.

6.7.06

era setembro

E foi numa noite fria que a encontrei. Assim como quem encontra a primavera. Assim como quem concebe o paraíso. Foi assim que a encontrei. Fechei os olhos e me deixei levar pelas sensações múltiplas que percorriam meu corpo. Era a calmaria depois da tempestade que turbilhava minha mente. Era setembro.

Num piscar de olhos eu pareia estar em outro lugar. No começo foi difícil diferenciar o que era real daquilo que eu estava criando na minha mente. Me sentia muito mais encantado do que envolvido. No fundo, sentia um certo medo. Mas esse medo só fazia aumentar a minha adrenalina.

Encontrei o que eu buscava em meio de passos falsos. Estava escondida na linha tênue que separa aquilo que sei daquilo que imagino. Nem bem sóbrio, nem bem embriagado. Não sei definir meu estado desde o instante em que comecei a caminhar dentro de mim mesmo. Na minha mente eu pude tocar o perfume de jasmim. Ele era macio.

Os momentos bons da minha vida começaram a acontecer. Um atrás do outro. E fui encontrando-a nos pedaços de lembranças, migalhas espalhadas pelo meu pensamento. Sempre esteve comigo e eu nunca pude perceber. Tão incapaz e cego que eu estava!

No entanto, tudo se resolveria, porque não há lugar além de dentro de minha mente. É lá que ela está. É lá que eu quero ficar. Quero revisar minhas memórias bobas e meus desejos irresolutos. Quero tê-la comigo todos os dias. Mas do jeito que está, só a tenho na minha mente. Fora dela tudo é triste e ela está distante.

Porque minhas lembranças são o que eu quero que sejam. Eu posso tocar o perfume das flores de plástico. Teve um tempo que era setembro. Mas hoje já não é mais.

25.6.06

o limite do nada

Estava eu em mais um momento de estudos da língua japonesa (que com certeza me tomará a vida, se for pra aprender como eu pretendo aprender) quando pensei em procurar um kanji de uma palavra muito conhecida daqueles que são viciados (como eu) na banda de j-music Asian Kung-Fu Generation.

Foi então que fui ver como se escrevia Mugen (infinito). Até aí tudo bem. Mas acontece que encontrei esses dois kanjis:



Fiquei surpresa e tive uma certa curiosidade em sabe o que dizia cada um deles. E fui procurar mais uma vez. E o que eu encontrei foi bem diferente do esperado.

O primeiro deles (mu) significa nada
O segundo (gen) significa limite

Então, em uma análise bem rápida, seria o infinito o limite do nada? Ou o nada limite? Bem, se levarmos em conta o nada como uma negação, podemos interpretar como "sem limite", ou seja, infinito.

Só que não é esse ponto que me chama a atenção. Se coloque, por exemplo, no lugar de um falante da língua japonesa. Imagine a análise e a ordem dos pensamentos desse falante. Imagine que ele vai pensar nesse "nada limite" como o infinito. Isso é tão mágico. E é também a causa da tamanha dificuldade que nós, ocidentais, encontramos em aprender uma língua oriental. Tais línguas trabalham com uma interpretação totalitária das frases e textos. Já nós, ocidentais, trabalhamos com análises fracionadas. Para sermos capazes de interpretar o todo, nos vemos obrigados a saber cada um dos pedacinhos.

E prestem atenção no título desse post. veja que eu inverti a ordem dos significados de cada um dos kanjis. Essa foi a primeira interpretação que me veio à mente. E isso é vício de inglês, no qual invertemos muitas das estruturas das sentenças para podermos compreender o que significa.

O que temos sempre que ter em mente no aprendizado de uma nova língua é que não existe uma lei universal que vá dizer qual o certo e qual o errado. O que existe é uma estrutura de pensamento que se diferencia em cada uma das línguas. A partir do momento que se compreende tal estrutura, basta descobrir a significação de cada uma das palavras e treinar muito para se tornar um falante fluente.

30.5.06

por entre livros

Sempre teve certo encantamento por bibliotecas. De certa maneira, sempre as achou imponentes. Não tinha muito a ver com o espaço físico, mas sim com os livros nas prateleiras. Os livros eram imponentes. O conhecimento dava-lhes imponência.

Entrou na biblioteca. Passou seu cartão de identificação. Ficou muitas horas lá, descobrindo pequenos mundo por entre livros. Pensando no que se passaria na mente de cada um daqueles que produzem uma obra. Perdia-se então nesse mundo das idéias.

E quando o tempo passou, decidiu que deveria sair daquele lugar. Afinal, não é só de idéias que vive o homem.

- Não, você já saiu da biblioteca.
- Como assim?
- O sistema diz que você já saiu.
- Mas eu continuo aqui.
- Não importa.
- Estou precisando sair.
- Claro que não! Você já saiu!
- Acho que você não está me entendo...
- Quem não entende é você. O sistema me diz que você já saiu. Será que preciso desenhar?
- Mas eu estou aqui, não está me vendo?
- E acha que vai me enanar assim?
- ...!?
- Olha, tem uma fila enorme atrás de você, então saia da minha frente. Não vê que está atrapalhando meu trabalho?

Prendiam-lhe então nesse mundo das idéias.

24.5.06

entre memórias

Depois de tanto tempo, foi uma surpresa reencontra-la. Lembrei-me dos sentimento ela me evocava. Olhei-a nos olhos, sempre achei seus olhos bonitos e expressivos. Não sei ao certo se ela sabia dos meus sentimentos. No fundo devia saber, aqueles olhos não deixavam nada passar.

Naquele momento falou comigo como se não me conhecesse. Sei que só cumpria sua função. Nada aconteceu e nada mais aconteceria. Mas sou sincera em dizer que senti uma pontinha de qualquer coisa que arrisco chamar de dor.

Numa dessas paixonites agudas ela foi um empecilho. Ela era amada, enquanto eu apenas observava tudo. Teve um ciuminho, coisa pouca, nada demais. Só que não adianta arrumar as coisas, dizer que passou. Engraçado notar que sempre sobre uma pontinha de algo, que mexe com a memória. E a memória mexe com sentimentos passados. Ridículo é esconder ou mentir quanto a isso.

Mas sou sincera em dizer que senti uma pontinha de qualquer coisa que arrisco chamar de dor.