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eis o melhor e o pior de mim

23.9.05

última atualização

Medo, muito medo disso. Notei que minha última atualização havia sido no dia 11 de Setembro. Sabe, aquela data em que o tio Bin jogou os aviões nos EUA. E essa postagem tinha ficado muito muito tempo na vida desse blog ali, estática. E agora, nesse momento em que a maioria a minha volta está correndo pra fechar o Comunicare. Enquanto isso, espera, espera, espera.

E a Tatah disse: "Que lindo isso, você vai escrevendo e ele vai hifenizando". Foi uma frase de efeito, fez um eco em minha mente e daí eu comecei a escrever, escrever, escrever. Esperar, escrever, esperar, esperar, escrever, esperar, escrever, escrever. Complexo escrever esperar, dá nós nos dedos.

E são chuveiros que explodem na minha cabeça, e minha cabeça que explode de dor. É tanta coisa de nada e nada de tudo isso. Ah... Esse sentido sem sentido, meio assim, falta de ar, falta do que faltar. Já não sei o que escrever quando escrevo e espero e escrevo, escrevo, espero, escrevo.

Desculpas. Estou ouvindo algumas. Jornalista é especialista em criar história e embolar o meio de campo. Os melhores alunos sempre serão os piores profissionais. Por isso é que não faço questão de ser aluna exemplo. Aliás, não faço questão de ser exemplo de nada.

Ah, mas algumas coisas, perfeitas como são, mesmo com todos os defeitos, essas nunca mudam. E nem quero que elas mudem mesmo.

11.9.05

dark chest of wonders

Eu não sou perfeita. Veja, esse é um fato. Não quero ser cobrada por coisas que nem prometi direito. Apenas me mandaram fazer, mas e daí? Me mandaram pensar ou agir de uma forma que eu não vou e pronto. Só medíocres não aceitam conviver com os próprios defeitos. E eu tenho muitos deles. Sou chata, birrenta, teimosa, esquecida, desorganizada, ansiosa, e várias outras coisas que não me lembro agora.

Quero ficar longe de ser um exemplo de vida ou exemplo de morte ou exemplo do que for. Que coisa chata essa de sempre ser aquela amiga de todas as horas. Eu não sou a amiga de todas as horas porque eu não estou bem pra ser a amiga de todas as horas por todas essas horas. Lições de vida, conselhos, educação, etc, tudo isso vazio pra mim. Calar a minha boca pra aquilo que eu penso não fará de mim uma pessoa mais educada. Fará de mim uma pessoa mais hipócrita, isso sim. Mais do que já tenho sido.

Sou mal educada sim. Não por culpa de pais ou escola, mas por escolha própria mesmo. Se eu fosse bem educada, aceitaria as coisas sem reclamar e eu não sou dessas. Se é idealismo demais não deixar que a minha opinião morra dentro da minha mente, então essa sou eu. Se eu não tenho limites, é porque escolhi assim. Se eu seleciono para que dedicar mais tempo na minha vida também foi escolha minha.

Por essas e por outras que eu não vou ficar sufocando minha vontades e sonhos mais. Chega de pensar que sou uma pessoa malvada por correr atrás do que quero e deixar um pouco de lado outras coisas. Sou egocêntrica e adoro quando conquisto algo na minha vida. Aumenta o ego, sabe? Quero mesmo é poder me orgulhar do que faço pro resto do mundo, sem achar que sacrifiquei coisas no meio do caminho. Eu escolhi assim e será assim até o fim.

Tudo pelos meus sonhos.

8.9.05

listen to the rain

Aos poucos a vida vai voltando ao seu eixo normal de rotação e translação. Depois de quase duas semanas de tormenta em minha mente, de chegar ao ápice de minha tristeza e falta de vontade, eis que hoje acordo com aquele velho sentimento de esperança. Pois é crianças, ainda existem chances de se viver. Ninguém me disse isso, foi um grito de dentro da minha mente. Me disse pra parar com isso. Veio de dentro da minha mente enquanto eu me olhava no espelho. Ilusão? Não importa. Eu tenho que acordar porque adormecer assim não adianta.

Eu sempre soube que não adiantava. Mesmo assim é inevitável. Essa esperança não foi provocada por nada além da minha própria mente. Um chamado de dentro de mim. Ou de fora. Sempre brinco que meu anjinho me acorda nas horas certas e me alerta quando é preciso.

Terei que ser suficientemente forte para que a tristeza não me vença e suficientemente frágil para pedir ajuda quando for preciso.

Eu acredito que o que é perfeito nunca se desfaz.

I stand alone in the storm.
Suddenly sweet words they come:
"Hurry!" they say,
"for you haven't much time!
"Open your eyes to the love around you;
"you may feel you're alone,
"but I'm here still with you.
"You can do what you dream,
"just remember to
"Listen to the Rain."

6.9.05

about to crash II

Mesmo que eu alcance tudo o que quero. Mesmo que todos os meus sonhos se realizem. Eu sei que um dia eu vou cair. E será uma queda enorme.

Cause even though she gets so high
And thinks that she can fly
She will fall out of the sky
But in the face of misery
She found hopefulness
Feeling better
She had weathered
This depression

4.9.05

Ela saiu correndo por todas as ruas e mares e praças que conseguiu encontrar. Nunca poderia fugir do que atormenta sua mente. Por isso permanece sentada ali, nenhum sorriso, nenhuma magia. Parecia apenas mais um dia em que a chuva caia. E ela percorria todas as ruas, mares e praças enquanto ali estava sentada. Seu pensamento corria. Não estava mais ali. O piano tocava qualquer nota, nota qualquer. Às vezes parecia que seria atormentada para sempre. Queria fugir, apenas.

O sorriso não é luz no fim do tunel nem centelha de esperança. É apenas sorriso, nada mais. Tudo está ali, dentro dela. Pode fechar os olhos, chorar o quanto quiser. Aquilo é parte dela. O que ainda lhe dá esperança não vem dela. O mundo inteiro emana a esperança, mas o problema está dentro dela. Dentro dela. Quando o mínimo de organização voltar, talvez o problema seja mascarado por uma felicidade momentania, bem fácil de se notar.

O sorriso verdadeiro que viria dela talvez fosse mais uma máscara da realidade. Talvez seja mais poético ser triste do que ser feliz. Quando percebo-a olhando nos meus olhos, talvez seja tarde demais. E quem irá se importar? Em seus textos e suas manias poderia haver a felicidade. E quando tudo isso se faz, quem sou eu pra julgar? Ela fecha os olhos e sai correndo por todas as ruas e mares e praças que encontra. Eu a vejo passar por mim. Apenas mais um pedaço do cenário de sua vida.

2.9.05

the phantom agony

Uma tristeza, uma dor. Já sem dono, essa tristeza que sinto chega sem querer e me domina. Tristeza por estar solitária, vagando por entre corredores gélidos e que ecoam meus passos. Me sinto sem rumo, sem razão. Sinto vontade de chorar mas não me sinto a vontade para tal. Parece que todo esforço foi em vão. Voltei ao mesmo lugar, mesmo amargor na boca, mesmos sonhos inatingiveis no chão. Não sou ninguém além de mais um na muldidão. Quem eu sou, afinal? Não sei me responder. Me sinto só, a reles mortal de todos os dias. Queria me esconder pra sempre, queria esquecer da vida. Queria apenas me enterrar nesse momento de agonia. E quanto vale tudo isso? Meu esforço repentino em me levantar está por terra. Tenho vontade de desistir de tudo porque não sei mais se vale a pena.

Do we dream at night
Or do we share the same old fantasy?
I am a silhouette of the person wandering in my dreams