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eis o melhor e o pior de mim

30.5.06

por entre livros

Sempre teve certo encantamento por bibliotecas. De certa maneira, sempre as achou imponentes. Não tinha muito a ver com o espaço físico, mas sim com os livros nas prateleiras. Os livros eram imponentes. O conhecimento dava-lhes imponência.

Entrou na biblioteca. Passou seu cartão de identificação. Ficou muitas horas lá, descobrindo pequenos mundo por entre livros. Pensando no que se passaria na mente de cada um daqueles que produzem uma obra. Perdia-se então nesse mundo das idéias.

E quando o tempo passou, decidiu que deveria sair daquele lugar. Afinal, não é só de idéias que vive o homem.

- Não, você já saiu da biblioteca.
- Como assim?
- O sistema diz que você já saiu.
- Mas eu continuo aqui.
- Não importa.
- Estou precisando sair.
- Claro que não! Você já saiu!
- Acho que você não está me entendo...
- Quem não entende é você. O sistema me diz que você já saiu. Será que preciso desenhar?
- Mas eu estou aqui, não está me vendo?
- E acha que vai me enanar assim?
- ...!?
- Olha, tem uma fila enorme atrás de você, então saia da minha frente. Não vê que está atrapalhando meu trabalho?

Prendiam-lhe então nesse mundo das idéias.

24.5.06

entre memórias

Depois de tanto tempo, foi uma surpresa reencontra-la. Lembrei-me dos sentimento ela me evocava. Olhei-a nos olhos, sempre achei seus olhos bonitos e expressivos. Não sei ao certo se ela sabia dos meus sentimentos. No fundo devia saber, aqueles olhos não deixavam nada passar.

Naquele momento falou comigo como se não me conhecesse. Sei que só cumpria sua função. Nada aconteceu e nada mais aconteceria. Mas sou sincera em dizer que senti uma pontinha de qualquer coisa que arrisco chamar de dor.

Numa dessas paixonites agudas ela foi um empecilho. Ela era amada, enquanto eu apenas observava tudo. Teve um ciuminho, coisa pouca, nada demais. Só que não adianta arrumar as coisas, dizer que passou. Engraçado notar que sempre sobre uma pontinha de algo, que mexe com a memória. E a memória mexe com sentimentos passados. Ridículo é esconder ou mentir quanto a isso.

Mas sou sincera em dizer que senti uma pontinha de qualquer coisa que arrisco chamar de dor.

2.5.06

antes de dormir

Esse texto é pra você. Assim como muitos dos textos anteriores de ultimamente. Dá pra saber quando você veio aqui ler e que horas.

E agora carrego a certeza plena de que meus olhos não poderiam ter enganado meu coração. Já parece que não me bastam o papel e a caneta. As linhas me fogem do controle, talvez porque seja hora de parar e deixar no silêncio.

O silêncio me faz entender, me faz fechar os olhos e buscar em cada parte de mim essa certeza que me invade agora.

Por isso eu te escrevo agora. Por isso, apenas por isso.