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19.12.04

entre os ideais e as lembranças

Tarde de domingo. Tarde de domingo assistindo filmes. Tarde de domingo pensando em como os filmes podem transformar as tardes de domingo. Tem aquela coisa, fim de ano, quantas coisas realizamos, quantas coisas fizemos, quantos planos morreram na praia, etc. Mas não vamos falar disso por aqui. E não entendo porque estou usando verbos na terceira pessoa. Apenas detalhes.

Na minha alegria suprema de não fazer nada em um dia - sou meio irriquieta, já notaram? - fui até a locadora alugar alguns filmes. Acabei locando 4 DVDs, dois dos quais assisti hoje: O Sorriso de Monalisa e O Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças. Esse segundo eu já tinha assistido, mas não fez muita diferença.

Falando do filme da Julia Roberts, e não na visão totalmente cinematográfica, apenas reflexiva - já que não quero copiar nenhum blog por aí. Fiquei chocada quando a Joan (Julia Stiles) questiona sua professora, Katherine Watson (Julia Roberts) sobre ela achar que era ridículo uma mulher ter como único objetivo de vida se casar, ter filhos e constituir uma família feliz. Pelo simples fato de eu pensar exatamente assim. Como pode uma mulher querer apenas isso para si? Uma vida estável e feliz com uma casa bonita... e daí?




Agora você deve estar se perguntando... O que faz essa montagem de fotos de uma sacola no meio do meu pensamento? Ótima pergunta a sua. Veja, uma sacola que eu acho bem bonita. De uma loja de roupas. Bem, já temos dois elementos aqui: consumismo e o "fashion style". A imagem de uma bonquinha bonitinha levantando a saia. Até aí, nada além do que a visão não possa explicar. Agora a conexão com o meu pensamento.

No momento dos créditos do filme O Sorisso de Monalisa, aparecem algumas imagens de mulheres dos anos 50 em salões de beleza, fazendo compras, etc. Tudo o que uma esposa feliz e perfeita precisava ser na época. As moças estudavam, quase que se matavam e viviam a espera de um belo marido que as sustentasse depois disso. Como se sempre exigissem a perfeição das meninas que queriam se casar. Sempre um padrão. Se elas não fossem de tal jeito, não seriam aceitas na sociedade. Isso é realmente algo a se pensar. Ninguém tem a obrigação de ser perfeito, de seguir aquele padrão estabelecido.

O Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças eu já havia assistido. É um filme maravilhoso, disso não há dúvida. Me fez pensar em como as nossas lembranças vão sendo arquivadas. Em como as coisas vão passando por nós, os ótimos momentos vão sendo guardados em nossas mentes. No entanto, quero ir um pouco além das nossas lembranças.

No momento em que Mary (Kirsten Dunst - por sinal, atuando também no filme mencionado anteriormente) reúne todo o material da clínica, todas aquelas pastas e fitas, percebemos que boa parte de nossas vidas não passa daquilo. Um amontoado de papéis. A minha, em especial, porque vive cercada de papéis, já que o que mais faço é anotar a diversas observações que faço sobre os fatos. Vá até as escolas onde você estudou, médicos, dentistas, pegue sua identidade, CPF, título de eleitor, carteira de motorista, cartões de crédito, senhas do SUS, telefone de casa, telefone celular, sei lá mais o que! Estamos sempre registrados em papel, sempre há um arquivo sobre nós. Tudo bem, está parecendo mania de perseguição, mas é a pura verdade.

E já pensou mesmo se nossas memórias pudessem ser apagadas? Se tudo o que nos fizesse sofrer pudesse ser apagado? Seria bom? Ou seríamos idiotas o suficiente e cometeríamos os mesmos erros - já que nos esquecemos deles - inúmeras vezes? Realmente acho que prefiro ficar com aquelas lembranças chatas do que joga-las fora.




E essa foto aí? Bem, é uma lembrança de 17 de novembro de 2004, segundo os meus arquivos. E sim, tem algo dali que foi apagado. Será que era alguma lembrança importante que foi apagada? Confesso que não me lembro.