por um momento de escuridão
Era um dia normal. Fazia o maior sol e as pessoas estavam indo fazer as compras de fim de ano. O sinal do mundo moderno, lojas fechadas, iluminadas por lâmpadas de luz fria – até mesmo a luz se tornou fria, de tão distantes que nos tornamos – e infinitas prateleiras brancas, algumas com espelhos ao fundo, mas que apenas refletem as mercadorias. Nem nossas faces cansadas e inanimadas elas refletem mais.
E continuava sendo um dia normal. Pessoas de todas as idades, sozinhas ou acompanhadas, andavam sem parar. O movimento era grande, a música constante e os gastos o único prazer do momento. Era fim de ano e todos os gastos realizados eram justificados com votos de um ano novo melhor. E o dia continuaria sendo normal se de repente não faltasse o elemento mais essencial para que o maquinário moderno funcionasse: eletricidade elétrica.
E as luzes sim se apagaram. Todas as luzes frias se apagaram. As lojas todas começaram a se aquecer. Condicionamento de ar já não havia mais. E as pessoas sumiram. Olhei a minha volta e não havia mais ninguém. Todo o mar que caminhava por entre corredores e prateleiras já não mais existia. Apenas restaram alguns vultos, que assim como eu, se locomoviam nas sombras.
E quando as luzes se apagaram, apagaram-se as pessoas também. Não havia mais motivo para continuar andando pelos corredores infinitos. As cores exuberantes dos produtos já não podiam ser vistas. As vitrines já não tinham o mesmo brilho. E olhar para as prateleiras envolvidas pela escuridão fazia com que todos lembrassem o quão sozinhos somos. Fugiram muitos da escuridão.
Alguns feixes de luz passavam pelas frestas do teto que estava acima de nossas cabeças. Com essa luz os espelhos podiam refletir os rostos dos vultos que ainda se encontravam na escuridão. No entanto, os corredores pareciam ficar cada vez mais vazios. A escuridão levava ao infinito. Depois de caminhar um tempo por todo o lugar, algumas portas foram abertas e as pessoas surgiram perto da luz do dia.
Os barulhos voltaram. Alguns caixas passavam as compras. Porém, nem toda a eletricidade havia voltado. O mundo precisava da luz para ser como era. Não existia vida sem a luz que movia as coisas. Quando o mínimo de luz pode ser visto, as pessoas surgiram de novo, igualmente céticas e inexpressivas. Sem iluminação não é possível ver a expressão humana.
E continuava sendo um dia normal. Pessoas de todas as idades, sozinhas ou acompanhadas, andavam sem parar. O movimento era grande, a música constante e os gastos o único prazer do momento. Era fim de ano e todos os gastos realizados eram justificados com votos de um ano novo melhor. E o dia continuaria sendo normal se de repente não faltasse o elemento mais essencial para que o maquinário moderno funcionasse: eletricidade elétrica.
E as luzes sim se apagaram. Todas as luzes frias se apagaram. As lojas todas começaram a se aquecer. Condicionamento de ar já não havia mais. E as pessoas sumiram. Olhei a minha volta e não havia mais ninguém. Todo o mar que caminhava por entre corredores e prateleiras já não mais existia. Apenas restaram alguns vultos, que assim como eu, se locomoviam nas sombras.
E quando as luzes se apagaram, apagaram-se as pessoas também. Não havia mais motivo para continuar andando pelos corredores infinitos. As cores exuberantes dos produtos já não podiam ser vistas. As vitrines já não tinham o mesmo brilho. E olhar para as prateleiras envolvidas pela escuridão fazia com que todos lembrassem o quão sozinhos somos. Fugiram muitos da escuridão.
Alguns feixes de luz passavam pelas frestas do teto que estava acima de nossas cabeças. Com essa luz os espelhos podiam refletir os rostos dos vultos que ainda se encontravam na escuridão. No entanto, os corredores pareciam ficar cada vez mais vazios. A escuridão levava ao infinito. Depois de caminhar um tempo por todo o lugar, algumas portas foram abertas e as pessoas surgiram perto da luz do dia.
Os barulhos voltaram. Alguns caixas passavam as compras. Porém, nem toda a eletricidade havia voltado. O mundo precisava da luz para ser como era. Não existia vida sem a luz que movia as coisas. Quando o mínimo de luz pode ser visto, as pessoas surgiram de novo, igualmente céticas e inexpressivas. Sem iluminação não é possível ver a expressão humana.